XVI FESTIVAL DE ÓPERA DO THEATRO DA PAZ.


De 5 de agosto a 23 de setembro de 2017
O XVI Festival de Ópera do Theatro da Paz realiza na próxima quinta-feira, 3 de agosto, às 11h, coletiva de imprensa para divulgar a programação deste ano, que ocorrerá de 5 de agosto a 23 de setembro. Estarão presentes o titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Paulo Chaves; ao lado da diretora do Sistema Integrado de Teatros (SIT), Maria Sylvia Nunes; o diretor artístico e coordenador geral do festival, Gilberto Chaves; a diretora do teatro, Célia Cavalcante; o maestro Miguel Campos Neto; a soprano Eliane Coelho; e o diretor cênico Marcelo Marques. A bilheteria será aberta no mesmo dia a novidade é o início das vendas por meio virtual também.
O festival inicia com a ópera “A Voz Humana”, do compositor francês Francis Poulenc e texto de uma peça de Jean Cocteau, e terá ainda concertos líricos com artistas paraenses; um Stabat Mater, espécie de música sacra com o grupo de cordas da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP); palestra; lançamento de livro, e a ópera “Don Giovanni”, do compositor austríaco Mozart. Gilberto Chaves explica que a programação é diversificada e conta com uma ópera moderna e que contrasta com a produção romântica, de compositores consagrados. Para completar a noite de estreia, o público ouvirá ainda Pavane para uma princesa morta, de Maurice Ravel, e Prelúdio para tarde de um fauno, de Claude Debussy
Poulenc foi um dos músicos mais importantes da França no século XX, depois do impressionismo, e ‘A Voz Humana’ é uma ópera curta, em um ato, escrita em 1957, já perto de sua morte. O espetáculo é como um monólogo, com uma mulher desesperada tentando contato com seu amante, com quem deseja manter a relação amorosa. Será interpretada por Eliane Coelho, uma cantora de altíssimo nível. Essa ópera tem 60 anos e foi escolhida para termos um arejamento em nosso programa, sair do romantismo de Verdi, Rossini, Wagner, Puccini, e trazer para a nossa época, para perto de nós. Mostra o drama humano, algo diferente. E temos obras de outros compositores, para uma noite francesa”, explica o diretor.
Logo após, o Concerto Lírico, no dia 15/08, apresenta artistas paraenses como Antônio Wilson (tenor), Luciana Tavares (soprano), Lanna Bastos (soprano), Aliane Sousa (mezzo-soprano), Kézia Andrade (soprano), Idaías Souto (barítono) e ainda a cantora Ana Lucia Benedetti (mezzo-soprano), que vai atuar como solista, na segunda parte do concerto. Este é um momento especial e celebra como o festival tem sido importante para os cantores líricos paraenses. Quando criado, em 2002, o festival tinha como meta profissionalizar a categoria no estado.
O festival surgiu para formar público e por isso começamos apresentando as óperas mais conhecidas, como Carmem, La Traviata, La Bohème, Tosca, com o intuito de retomar depois de 100 anos, a temporada para a qual o teatro foi criado. E agora, já vemos alguns resultados desse investimento, como a grande quantidade de cantores paraenses em destaque nacional e internacional. E claro, não poderíamos deixar de tê-los na programação. Em ‘Don Giovanni’, dos oito solistas, quatro são paraenses, e isso para nós é um excelente progresso”, analisa Gilberto Chaves.
Música Sacra
Além do Theatro da Paz, a Igreja de Santo Alexandre receberá a programação do Festival de Ópera com o Stabat Mater (música sacra do século XVIII) do compositor Giovanni Battista Pergolesi, composta em 1736 – a sua última peça, encomendada pelo Duque Mandolin – para duas vozes, dois violinos, viola e baixo. A execução será  feita pelo naipe de cordas da OSTP, com regência de Miguel Campos Neto, e tendo como solistas as cantoras Ana Lúcia Benedetti e Luciana Tavares. “É uma das obras primas do gênero sacro. São árias, duetos e peças de orquestra, com duas vozes femininas”, destaca Gilberto Chaves.
Don Giovanni
Uma das óperas mais célebres do mundo e das mais importantes composições do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, “Don Giovanni”, que tem libreto de Lorenzo da Ponte, será apresentada no Theatro da Paz nos dias 15, 17 e 19 de setembro, sempre às 20h, com regência do maestro mineiro Sílvio Viegas e direção cênica de Mauro Wrona. Antes, no dia 14, às 18h30, uma palestra aberta ao público vai apresentar os conceitos da obra, tanto em seu aspecto musical quanto cênico.
A ópera tem como enredo a história do homem conquistador, de um garanhão – que trata-se de uma famosa lenda medieval que até hoje acompanha nosso imaginário, sendo até um arquétipo social, do personagem Don Juan Tenório, uma espécie de anti-herói retratado em 1630 por Tirso de Molina, na obra El Burlador de Sevilla. Até hoje serve como inspiração para diversas outras linguagens artísticas e no festival será interpretado pelo barítono Homero Velho.
O Don Giovanni nada mais é do que esse Don Juan. E ele é um mito. Como Mozart, naquela época, os compositores escreviam a maioria das óperas em italiano, a Itália dominava o mundo musical, não havia o nacionalismo do século XIX, por isso ficou Don Giovanni. É a história deste homem, seus amores e suas fugas, a vida dele era perto de uma ponta de espada”, comenta Gilberto Chaves.
O festival termina no dia 23 de setembro, com o tradicional concerto de encerramento no lado de fora do teatro, com diversos artistas reunidos sob a regência do maestro Agostinho Júnior, de Santarém, e da maestrina Cibelle Donza, assistente da OSTP. É um momento de comemoração por mais uma edição em que a Praça da República recebe uma grande estrutura de palco e iluminação para que o público aprecie o espetáculo de forma descontraída.

PROGRAMAÇÃO
Dia 5 de agosto – 20h – Theatro da Paz
Eliane Coelho: sopranoFrancis Poulenc – (1899-1963)
A voz humana – ópera em um ato – Libreto baseado na peça homônima de Jean Cocteau
Direção Cênica, figurinos e cenário: Marcelo Marques
Iluminação: Rubens Almeida
Visagismo: André Ramos
Produtor Executivo: Glaucivan Gurgel
Assistentes de Palco: Nonato Rodrigues   e Ribamar Diniz
Elaboração e Operação de Legendas: Gilda Maia

Dia 15 de agosto – 20h – Theatro da Paz
Concerto lírico
Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz
Regente: Maestro Miguel Campos Neto
Iluminação: Rubens Almeida
Programa
Gioachino Rossini – (1792-1868)
La Cenerentola – Abertura
Giacomo Puccini –  (1858-1924)
Madame Butterfly: Bimba dagli occhi
– Antônio Wilson, tenor
– Luciana Tavares, soprano
Amilcare Ponchielli –  (1834-1886)
La Gioconda: E un anátema
– Lanna Bastos, soprano
– Aliane Sousa, mezzo-soprano
Jules Massenet –  (1842-1912)
Thais: C’est toi, mon pere (Morte de Thais)
– Kézia Andrade, soprano
– Idaías Souto, barítono
Giuseppe Verdi – (1813-1901)
Rigoletto: Bella figlia dell´amore
– Antônio Wilson, tenor
– Kézia Andrade, soprano
– Aliane Sousa, mezzo soprano
– Idaías Souto, barítono
INTERVALO
Solista: Ana Lucia Benedetti, mezzo-soprano
Pietro Mascagni –  (1863-1945)
Cavalleria Rusticana: Voi lo sapete
Camille Saint-Saëns –  (1835-1921)
Samson et Dalila: Mon coeur s´ouvre a ta voix
Giuseppe Verdi – (1813-1901)
Il Trovatore: Stride la vampa
Giacomo Puccini –  (1858-1924)
Tosca: Intermezzo
Giuseppe Verdi – (1813-1901)
Don Carlo: O don fatale


Dia 18 de agosto – 20h – Igreja de Santo Alexandre
Ana Lúcia Benedetti: mezzo-sopranoGiovanni Pergolesi
Stabat Mater
Luciana Tavares: soprano
Cordas da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz
Regente: maestro Miguel Campos Neto
Produtor Executivo: Glaucivan Gurgel
Iluminação: Rúbens Almeida
Legendas: Gilda Maia


Dia 14 de setembro – 18h30 – Theatro da Paz
Palestra sobre a ópera Don Giovanni

Dias 15, 17 e 19 de setembro – 20h – Theatro da Paz
Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz Don Giovanni – ópera em dois atos
Wolfgang A. Mozart (1756-1791)
Libreto Lorenzo Da Ponte (1749-1838)
Coral Lírico do Festival
Direção Musical e Regência: maestro Sílvio Viegas
Direção Cênica: Mauro Wrona
Iluminação: Caetano Vilela
Regente preparador do Coral Lírico: maestro Vanildo Monteiro
Cenografia: Nícolas Boni
Videomapping, produção e operação: Roberta Carvalho
Figurinos: Fábio Namatame
Visagismo: André Ramos
Produtor Executivo, Diretor de Palco e Maestro de Luz: Glaucivan Gurgel
Assistente de Direção Cênica: Mayra Terzian
Supervisão Artística: Gilberto Chaves
ELENCO
– DON GIOVANNI (barítono) HOMERO VELHO – Nobre sevilhano
– LEPORELLO (baixo barítono) SILVERIO DE LA O – Seu criado
– DONNA ANNA (soprano) MARINA CONSIDERA – Dama sevilhana
– DON OTTAVIO (tenor) ANÍBAL MANCINI (15,17) / ANTÔNIO WILSON (19) – Seu noivo
– DONNA ELVIRA (soprano) KÉZIA ANDRADE – Amante de Don Giovanni
– COMMENDATORE (baixo) ANDERSON BARBOSA – Pai de Donna Anna
– ZERLINA (soprano) DHULY CONTENTE – Uma camponesa
– MASETTO (barítono) IDAÍAS SOUTO – Seu noivo

Dia 19 de setembro – 20h – Theatro da Paz
Lançamento do livro de Jorge Alves de Lima – “Carlos Gomes, uma nova estrela : Sou e serei sempre Tonico de Campinas e Brasil”

Dia 23 de setembro – 20h – Theatro da Paz
Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz Concerto de encerramento ao ar livre
Regência e direção musical: maestro Miguel Campos Neto
Programa
Maurice Ravel (1875-1937)
Pavane para uma princesa morta  
Claude Debussy (1862-1918)
Prelúdio para tarde de um fauno  
Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz
Regentes: maestros Agostinho Júnior e Cibelle J. Donza
Coral Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz
Regente preparador: Maestro Vanildo Monteiro
Iluminação: Rubens Almeida
Direção: Gilberto Chaves e João Augusto Ó de Almeida
– ANTÔNIO WILSON, tenor
– ALIANE SOUSA, mezzo soprano
– DHULY CONTENTE, soprano
– IDAÍAS SOUTO, barítono
– KÉZIA ANDRADE, soprano
– LANNA BASTOS, soprano
– MARINA CONSIDERA, soprano
– SILVÉRIO DE LA O, barítono
Fonte: http://www.movimento.com/2017/08/xvi-festival-de-opera-theatro-da-paz/

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